
...I wanna grow classy too.
Conheci o Sean Connery, tal como todos nós, a ver os primeiros filmes de James Bond. Lembro-me bem de estar num sofá e a minha mãe no outro e eu ser pequeno e irritante e estar sempre a pedir-lhe para me traduzir as legendas e de ela se fartar um bocadinho. Depois disso, vi Connery no "Rochedo" com o Nicholas Cage e no terceiro "Indy" com o Harrison Ford e assim se instalaram 3 dos meus actores favoritos até hoje.
O papel dele no "Primeiro Cavaleiro" também me marcou, naquela altura adolescente em que a honra e a crença na luta e nos nossos ideais é o mais importante que pode haver... "Fight, fight...never surrender!", disse o Rei Artur antes de morrer com tal alma que ainda hoje me está bem presente. Pelo que li sobre Connery, essa frase foi dita com mais alma do que a de um simples actor, pois o Escocês é um defensor acérrimo da independência do seu pais em relação ao resto do Reino Unido. Consta que tem uma pequena tatuagem no braço que diz "Scotland Forever". É bonito, a meu ver.
Não vi o único filme que deu a Sir Sean Connery um Óscar, "Os Intocáveis", de Brian de Palma. Mas hei-de ver, e quando vir digo aqui qualquer coisa que já tenho saudades de fazer umas reviews de filmes! Não sei até que ponto, como actor, Connery não poderia ter ido mais longe. Ele tem a classe e a presença que lhe permitiriam fazer quase todas as personagens que quissesse, mas a verdade é que recusou muitos papéis durante a carreira, desdee a versão original do "Caso Thomas Crown" até ao papel de Gandalf no "Senhor dos Anéis"...admito que teria sido muito interessante vê-lo nesses papeis, mas quem melhor que o próprio para saber o que pode ou não fazer?
Hoje, posa nas Bahamas para a Louis Vuitton com aquela pinta toda. Gostava verdadeiramente de ser assim um dia destes, daqui a muitos muitos anos. E de nunca me cansar da vida e ter sempre algo que dar ao mundo, tal como ele, e poder também dizer: "Though my feet are tired, my heart is not".