oh que gay - soneto



Bebo só um pouco desta àgua
É salgada e ondula pouco.
Mas da ilha, levo sismos e maremotos
que agitaram os meus alicerces.

Aos poucos, escoa-se a àgua.
Olho o chão e o basalto
Perdendo o negro, traz à tona
o emaranhado da calçada portuguesa.

Vejo-a, a Lisboa, do cesto da gávea!
E para trás, na bruma fica
um oásis no azul infinito da memória.

Tirou-me a sede, deu-me vida.
Armou-me de uma bússula; e eu seguirei...
Mas uma vez mais, não para Norte.

2 desocupados:

k disse...

My dear,

é um soneto gay e sem rimas
mas é um belo soneto

:)

Unknown disse...

Está bué de lindo, mas bem que podias vir ao norte de vez em quando..*